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Sou músico, iniciei estudos da prática do saxofone aos 31 anos para tocar na igreja, no entanto somente aos 35 anos de idade, após conhecer o forum explicasax dediquei-me ao estudo mais aprofundado deste instrumento com o prof. Rodrigo Murer, na Escola Livre de Música de São Carlos, após isto fiz curso de Introdução à Harmonia com o Prof. Goio Lima e o curso de Saxofone Popular com o Prof. Marcos Abreu em Piracicaba. Atualmente estou estudando prática de saxofone com o Prof. Rodrigo Murer na Escola Técnica de Música Allegro e cursando o curso a distância "Ensino Musical" na Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Educador Musical no Brasil

                        Ao longo do tempo, a ensino de música deixou de fazer parte do currículo escolar, porém meados dos anos 90, ganhou força através de arquivos e seminários, conquistando mais espaço nos encontros e seminários do país, contanto com a mobilização do Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música (GAP), formado à época por 86 entidades.
                        Após ampla discussão sobre o retorno ao currículo escolar nacional, em 18 de agosto de 2008 é aprovada a Lei 11.769, que altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, passando a sim a ser obrigatório o ensino da música na educação básica.
                        Por que o ensino da educação musical é importante? È sabido que a música tem forte influencia sobre o ser humano, com capacidade de alterar o comportamento emocional, a coordenação motora através da pulsação rítmica, desenvolver o raciocínio e a inteligência bem como auxiliar no processo de aprendizagem de outras disciplinas, no entanto, esta não é a essência do ensino musical, estuda-se a música pelo simples de fato de adquirir profundo conhecimento musical.
                        Um aspecto interessante da música é a sua capacidade de marcar momentos, trazer a idéia de algo, identificar um produto, um personagem, como por exemplo, o piloto de fórmula 1, Ayrton Senna, que a cada vitória, era tocado um jingle, bastava tocar este jingle que sabíamos que o Brasil havia vencido mais uma corrida. São várias vinhetas características, marchinhas de carnaval e momentos históricos que podemos identificar através da música, sendo assim, podemos dizer que a vida sem música, é como o mundo sem as cores, tudo fica cinza, perde-se o encanto.
                        Ao longo dos períodos a música e a educação musical têm enfoques específicos.
                        Seu início se deu na Grécia, sob a influência dos mitos gregos para o homem contemporâneo. Segundo Platão e Aristóteles, concordam que a música molda o caráter humano, já Pitágoras diz que a música é regida pelas mesmas leis matemáticas que operam na criação, vendo-a em seu aspecto objetivo, levando a contemplação do universo.
                        No período medieval, o objetivo da música era exaltar a Deus, ficando sob o encargo da Igreja o ensino musical, sendo que nesta época a música era quase que exclusivamente litúrgica.
                        Émile-Jacques Dalcrose, educador musical suíço, revolucionário musical, elabora uma proposta de educação musical baseada na interação entre a escuta e o movimento corporal, cuja conclusão se dá baseada intuição e não na experimentação.
                        Sua idéia era democratizar o ensino, ressaltando a importância da presença da música na escola.
                        Após a Revolução Francesa, a música chega a população, sendo o ensino musical baseado na relação mestre/aluno, desta forma, saindo das igrejas. Na Inglaterra (séc. XVII) começa-se a pensar em um plano para criar escolas de música, o que ocorreu somente no século seguinte.
                        O valor da educação musical somente pode ser pensando após os finais do século XVII, pois somente neste período que firmou-se o conceito de infância.
                        No Brasil, ao final da década de 30, Mário Andrade, Magdalena Tagliaferro e Eros Volúsia, apresentam uma série de projetos no intuito de reformar o ensino artístico no Brasil, sem resultados, uma vez que o Estado aprovava somente projetos de fácil execução, com pequenos custos.
                        Somente a partir de 1937, é que o governo procurou disciplinar e organizar o ensino de canto orfeônico nas escolas, programa este idealizado por Villa-Lobos, cujas disciplinas eram rigorosas e com cronogramas minuciosos.
                        Em 1970 o canto orfeônico é substituído pela Educação Artística, passando o Educador Musical a ser um mero animador cultural.
                        A música deixou de ser reconhecida como forma de conhecimento, não passava de lazer, entretenimento, e com o advento da Lei 11.769, cria-se nova possibilidade de lutarmos para o efetivo reconhecimento do valor música na sociedade.
                        Para tanto é importantíssimo o papel do Educador Musical, que no meu ponto de vista, além da formação superior, ele deve estar ligado diretamente a prática musical, ou seja, não basta simplesmente ser licenciado em uma área que não seja da música, tem que ter conhecimento teórico e prático, é necessário que o ministrador do ensino musical tenha capacidade de desenvolver uma metodologia que desenvolva a capacidade musical dos estudantes de forma gradual e efetiva.


 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEREIRA, Maria do Carmo Marcondes e AMARAL, Sérgio Tibiriçá. Música pela Música: A Lei 11769/08 e a Educação Musical no Brasil. Presidente Prudente: UEL,2010.

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